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O futuro é complexo - E eu bem que queria simplificar...

Atendi uma mulher que foi passada para trás pelo marido. Ele sempre longe, fazendo viagens, voltou um dia para o Brasil e disse que não queria mais, que não amava mais. O jogo mostrava que poderia haver volta, existia chance. Mostrava também que tinha outra no pedaço, e que ela deveria se acautelar com relação a questões de justiça. Seria muito mais fácil eu dar uma explicação simples e desaparecer depois de errar, ou pedir mais dinheiro, depois de acertar (cinquenta por cento a cinquenta, chutando para um lado ou para o outro). Fiquei dilacerada quando ela disse: ´Mas eu não entendi, como tem outra e você diz que há chance de volta?`. Realmente o jogo mostrava três coisas: chance de volta, outra pessoa, problemas jurídicos. Conversando com ela eu me dei conta de quanto ela havia sido traída financeiramente durante todos os anos de casamento, e como advogada, acabei dando ênfase nisso e insistindo para que ela procurasse bons advogados para se precaver das coisas que viriam, porque a t...
  Hoje acordei com "The Rocket Man' na cabeça, martelando na hora de rezar. Acordo segunda-feira cedo e rezo para todos aqueles que cultuo, que são os meus amigos espirituais e me ajudam a trabalhar. E o meu amigo Elton John na minha cabeça. Bem... eu há algum tempo percebi que uma música martelando quer dizer alguma coisa. sugiro que você faça o mesmo. Eu entendo inglês, mas às vezes não me atento à letra da música marteladora. Mesmo que você não entenda a letra, dê uma olhada na web sobre do que trata a canção ou, se for uma música instrumental, ou clássica, como e porque ela foi composta, o que essa composição inspira de sentimentos, pensamentos, etc... E "The Rocket Man" fala sobre o astronauta, que sai de casa e sente falta do lar, e de que as pessoas não imaginam que aquele "profissional" é a pessoa que é em casa... E isso para mim tem a ver com ser um ser criativo, ser Bruxa, artista, artesã, pensadora, escritora, a paz do trabalho espiritual e o tra...

Presente de Natal para meninas de 0 a 115 anos

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Por toda minha vida sempre tive horror a tirar fotografias. As olheiras sempre me faziam sentir nada fotogênica, achava que saía péssima nas fotos, me escusava a tirar, fugia. Já lá pela altura dos trinta e tantos anos resolvi olhar as fotos do passado, e tirei do conjunto uma série delas onde estava somente eu, e fui me sentindo bem ao ver. Habituar o olhar, ir se auto educando para ver o que de belo andava por ali.  Separei as fotos para fazer um painel, ou coisa assim, em  casa, assumir essas leoninices. Nunca o fiz. Esses dias, fazendo minhas arrumações de final de ano andei achando a tal seleção. Enquanto olhava tudo eu conversava com minha amiga Sara Nina. comecei a mostrar, contar o contexto das fotos, um amor do passado, o melhor amigo mais antigo de todos, o primeiro orgasmo. As viagens para Salvador, descoberta da liberdade, do pertencimento, da ancestralidade no axé. Sara, sempre muito esperta, começou a refletir sobre o que ela deveria estar aprendendo...

Dezembro: De como é ter um mês de número 4 no final do ano.

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Nos últimos dias tem me chamado a atenção a quantidade de pessoas que me cercam que têm conseguido resolver situações e se livrar de problemas pessoais que vinham parecendo pesados e sem solução. Algumas receberam, finalmente, oportunidades: Começaram a concretizar sonhos antigos, ou partiram para soluções focadas e estratégias para o futuro antes impensados, a maioria se via em situações que pareciam sem saída, e que parecem ter tido um relativo ou grande alívio. Em função disso resolvi fazer essa postagem, para que aqueles que, por acaso não estiverem se dando conta da energia envolvida neste momento, possam ampliar a sua percepção e buscar  entrar nessa alta frequência, de modo a receber as bençãos de alívio que o momento atual tem trazido. Este é o último mês deste Ano Universal de número 1 (2017), um ano, como eu já disse aqui antes, de novos começos. Um ano vibrando na força do Mago, onde o que o Universo requeriu de nós, foi, basicamente, o aprendizado sobre como tirar ...

Primeira moça, segunda moça.

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The Dreaming Way Tarot By Romi Shoi e Kwuon Shina A primeira moça saiu da sala, mandou a segunda entrar.  A segunda se sentou no banquinho. Tinha ficado esperando durante o tempo da consulta da primeira, tinha medo, por isso era bom que a outra jogasse antes. Segunda consulta: Cartomante - Você tem alguém? Tem uma união no seu caminho. Um casamento. Consulente - Mas será? Já tive depressão três anos por causa dele. Cartomante - Hum. Verifica as cartas. Ele é casado?  Consulente - Sim, era na época. Eu esperei durante seis anos ele se separar, e terminamos, da pior forma possível. Cartomante - Porque? A mulher dele descobriu sobre vocês?  Consulente - Não, ela descobriu outra história, que ele saiu com outra pessoa, uma colega minha do banco. E outras histórias. Ele saiu com essa outra mulher, disse para mim que era porque estava com raiva de mim. Depois disso foram mais doze anos vivendo assim. Dezoito anos juntos. Nos últimos dois eu tive uma d...

Sobre terapia e ayahuaska...

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Eu chamo a ayahuaska de minha madrinha. Fecho os olhos e peço que ela me leve pelos caminhos melhores onde minha alma deve percorrer, a fim de entender certas situações difíceis, minhas ou das pessoas que procuram minha ajuda como terapeuta. Muitas vezes a resposta está em um lugar bem longe daquele em que começamos a perguntar, e isso é lindo e surpreendente, como a vida. e não é à toa que os povos nativos norte americanos fazem votos “por todas as nossas relações” Mitakue oiasim! Às vezes uma relação que está lá longe nos traz a chave para um problema próximo, vivido agora. Tudo entrelaçado. Eu não acredito em um trabalho terapêutico que leva à dependência de quem está comigo, não pretendo, como dizia Guattari, ter exclusividade sobre o telefone vermelho de Krushev, que leva ao inconsciente de ninguém. Gosto muito de atender pessoas em situações limite - uma ruptura em um relacionamento importante, uma mudança de carreira, uma gravidez não esperada, a morte de um dos pais. Pe...

Porque a mudança? Ou "tornar-se aquilo que você sempre foi"

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Quando eu tinha 15 anos, no interior de São Paulo, mal começando minha vida de anseios e desilusões amorosas fiz, uma vez, um tour obsessivo durante as férias, por umas quatro videntes.  Durante os anos em que estudei no Colégio de Freiras me parecia hostil o ambiente católico. Fugia nas horas dos intervalos, ou aproveitava as aulas de Educação Física para conversar com as serventes, no corredor estreito e úmido onde as criadas das freiras faziam dormida, guardavam as coisas de limpeza, viam tv. O ambiente mofado guardava desde um bule velho até pedaços de tricot, entre garrafas de pinho sol e colchões esburacados, sob uma cama caprichosamente arrumadinha. Com uma delas tinha um compromisso pontual. Ela já sabia que eu com certeza viria. E me fazia sempre um chazinho, gostava do papo com a menina que largava as colegas para jogar conversa fora sobre novelas, sobre chás, o tempo, os santos católicos, escondida no corredor escuro, longe dos olhos dos demais. O ambiente das v...